Este ano, apesar de o mundo futebolístico suspeitamente não o reconhecer, a Taça UEFA tornou-se a competição europeia mais difícil e mais prestigiada de todas.
A avaliar pelas intervenções por esses blogues fora, creio que já percebi que a Liga dos Campeões deste ano é uma prova para meninos.
No ano passado, isso sim, era desígnio dos titãs, palco de feitos da gesta lusitana.
Este ano, claro, não vale nada e qualquer um a pode ganhar.
A Taça de Portugal, essa, transformou-se radicalmente: há três anos, era o troféu mais radioso de toda a Criação, mas este ano, já me explicaram, não vale nada.
Aceito humildemente a rectificação. Com estes dados na mão, é possível interpretar o jogo de Paris.
Aos 10 minutos, o Quasimodo marcou um golo na mais bela e difícil prova mundial de clubes de que há registo.
Aos 36 minutos, Pauleta (aquele abraço, André Luís!) tornou a UEFA uma prova mais banal.
Aos 40 minutos, a Taça UEFA passou a ser uma competição vulgar, que qualquer um ganha, se quiser.
Na segunda parte, as duas hipóteses do Miccoli quase voltavam a transformar a UEFA numa exigente luta entre os melhores clubes da Europa, mas, no final, é ponto assente que a Taça UEFA já não é assim tão importante. Nem decisiva. Nem relevante.
Claro está que se na próxima semana houver reviravolta, a Taça UEFA reentra no rol das proezas mais ambiciosas dos indomáveis portugueses. Caso contrário, será uma prova a pinhões, espécie de pré-temporada para o campeonato.
A não ser, claro, que o campeonato também perca relevância nas próximas semanas.
Nesse caso, é toda esta temporada que deixará de contar.
E será a digressão de final de temporada a Arcos de Valdevez que merecerá o justificado reclame e atenção.
Uff! Custa muito ser do Benfica!
(por Bulhão Pato, com a devida vénia)
(por Bulhão Pato, com a devida vénia)
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